Quer um milhão para sua empresa desenvolver uma tecnologia? Conheça o PIPE

Se você está desenvolvendo uma tecnologia inovadora e precisa de recursos, o programa PIPE da FAPESP é o seu parceiro ideal. Como um dos melhores mecanismos de apoio à inovação, oferece uma oportunidade valiosa. Com concessões de até R$ 1.2 milhão por projeto, em recursos não-reembolsáveis, o programa atua como um verdadeiro impulsionador para novas ideias saírem do papel. 

Essa forma de apoio, também conhecida como fundo perdido ou subvenção, garante a sustentabilidade financeira para o projeto inovador, no entanto, é destinada apenas a ideias realmente disruptivas.

Neste post, preparamos um rápido e eficaz passo a passo para ajudar você e sua empresa a obter a aprovação no PIPE da FAPESP, garantindo assim a captura desse recurso essencial para impulsionar a inovação em seu negócio. Aproveite ao máximo esse mecanismo de apoio à inovação e evolua o seu produto ou tecnologia. 

 Como submeter seu projeto para PIPE da FAPESP

 

Passo 1: Verifique se o projeto e empresa tem aderência ao programa

O primeiro passo é crucial: assegure-se de ter reais chances de captar os recursos e não ser desqualificado por algum detalhe inadvertido. O programa PIPE da FAPESP tem como objetivo apoiar empresas com até 250 funcionários, concedendo os recursos não-reembolsáveis, também conhecidos como fundo perdido ou subvenção.

Além disso, é possível pleitear o recurso mesmo sem ter uma empresa constituída, desde que comprove a capacidade da equipe de levar a tecnologia ao mercado de forma bem-sucedida.

É importante ressaltar que a pesquisa deve ser realizada no Estado de São Paulo, mas não é necessário ter sede ou filial no local. Já aprovamos projetos em que a pesquisa ocorre em filiais paulistas enquanto a matriz está em outro estado.

Por fim, o PIPE da FAPESP aprova apenas projetos que apresentem três elementos diferenciadores:

  • um avanço no estado-da-arte técnico;
  • um potencial comercial relevante;
  • uma equipe com experiência em projetos anteriores, capaz de conduzir o projeto até o fim.

Certifique-se de que seu projeto atenda a esses critérios antes de submetê-lo. Para conseguir o fundo perdido é fundamental gerar conhecimento novo! Esse detalhe é essencial. 

Pode soar estranho, mas ás vezes, o fundo perdido não é a melhor opção para a sua empresa. Principalmente, porque é um processo demorado e cheio de detalhes. O que acha saber se sua empresa consegue recursos a fundo perdido antes de começar? Dê uma olhada nesse e-book grátis!

 

Passo 2: Defina a fase do programa

O PIPE da FAPESP é dividido em três fases distintas: Fase I, Fase II e Fase III. É fundamental verificar se o seu projeto e a empresa se enquadram nos critérios de elegibilidade do programa para cada fase específica.

Se o seu projeto ainda está em estágio inicial, recomenda-se submetê-lo à Fase I do PIPE. Essa etapa é voltada para comprovar a viabilidade técnica da tecnologia. Para projetos com até 9 meses de duração, são concedidos recursos de até R$ 200 mil reais.

  • Caso sua tecnologia já tenha a viabilidade técnica comprovada, a Fase II é a opção ideal. Nessa fase, o objetivo é transformar e amadurecer a tecnologia em um protótipo de produto ou tecnologia com potencial de comercialização. Os projetos selecionados na Fase II recebem até R$ 1 milhão e têm uma duração de até 24 meses.

A Fase III do PIPE é realizada periodicamente em editais separados. Nessa etapa, a empresa realiza o desenvolvimento do protótipo da tecnologia, visando torná-la um produto comercializável e industrializável. É importante ressaltar que cada edital da Fase III possui regras específicas, podendo limitar-se a determinados setores industriais e estabelecer valores limites por projeto, entre outros critérios. Fique atento aos nossos posts para acompanhar esses editais.

Antes de submeter seu projeto ao PIPE da FAPESP, verifique cuidadosamente se ele atende aos requisitos de elegibilidade do programa, como:

  • a realização da pesquisa no Estado de São Paulo;
  • presença de diferenciais que representem avanços técnicos;
  • potencial comercial relevante e uma equipe com experiência em projetos anteriores.

Essa análise criteriosa garantirá maior chance de sucesso no processo de seleção do programa.

Passo 3: defina o pesquisador responsável

A seleção do pesquisador responsável é um passo crucial ao optar por uma fase do programa PIPE da FAPESP. O pesquisador desempenha um papel fundamental na condução do projeto e na orientação dos bolsistas, buscando superar os desafios e riscos tecnológicos da pesquisa.

Para a PIPE da FAPESP, o pesquisador responsável é um elemento de extrema importância na análise. Grande parte das chances de aprovação do projeto está ancorada na avaliação do currículo dessa pessoa, em sua expertise e capacidade de levar a pesquisa adiante, superando os desafios apresentados.

É imprescindível que o pesquisador escolhido possua um histórico sólido em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na área. É altamente recomendado destacar com ênfase a experiência profissional da pessoa em sua respectiva área de atuação.

A decisão criteriosa na escolha do pesquisador responsável é essencial para aumentar as possibilidades de aprovação do projeto junto à FAPESP. A análise minuciosa do currículo e da expertise do pesquisador são critérios avaliados pela instituição. Afinal, a expertise e o histórico de realizações dessa pessoa são fatores determinantes para o sucesso do projeto.

Portanto, ao submeter seu projeto ao PIPE da FAPESP, assegure-se de selecionar um pesquisador responsável com sólida experiência profissional na área e destaque essa escolha estratégica, pois ela desempenhará um papel essencial para a aprovação do projeto.

Passo 4: monte o projeto de pesquisa

Ao pleitear o apoio do programa, o projeto de pesquisa assume uma importância primordial. Nesse documento, é crucial demonstrar claramente os problemas que sua tecnologia busca solucionar, destacando o potencial inovador em relação ao estado-da-arte da área.

Ao elaborar o cronograma e o plano de atividades dos bolsistas, caso haja solicitação de bolsas, é fundamental agir com critério. É preciso justificar a expertise necessária do bolsista para o projeto, além de embasar a compatibilidade entre suas atividades e o tempo de bolsa requerido.

Na descrição da pesquisa, é recomendável seguir uma estrutura sólida, incluindo elementos essenciais, como uma contextualização clara dos problemas a serem abordados, a descrição detalhada da sua tecnologia e seus diferenciais em relação ao estado-da-arte. É fundamental evidenciar a viabilidade técnica do projeto e como se destaca em termos de inovação.

Além disso, é importante apresentar um cronograma bem elaborado, destacando as principais etapas e marcos, assim como as atividades específicas a serem realizadas pelos bolsistas, se for o caso. Certifique-se de justificar a relevância da expertise para o avanço do projeto.

Portanto, ao elaborar a pesquisa para pleitear o apoio do programa, atente-se para estruturá-la de forma clara e abrangente, enfatizando os problemas a serem solucionados e o potencial inovador da sua tecnologia em relação ao estado-da-arte. Além disso, inclua informações detalhadas sobre o cronograma e as atividades dos bolsistas, caso necessário. Essas etapas são cruciais para uma avaliação criteriosa e bem-sucedida.

Passo 5: monte o plano de negócios

No programa PIPE da FAPESP, o plano de negócios é requisitado nas fases II e III. Embora seja um pouco menos relevante que o Plano de Pesquisa, sua importância reside em comprovar a viabilidade comercial do que está sendo pesquisado, ou seja, o impacto significativo que o novo produto ou serviço terá no mercado.

Além disso, é fundamental demonstrar que você realizou uma análise completa do contexto de mercado em que sua tecnologia se insere.

Itens como uma análise SWOT da empresa, comparação com tecnologias similares e substitutas são imprescindíveis para respaldar a relevância do projeto no mercado.

A viabilidade financeira do produto a ser desenvolvido e comercializado também é essencial. É preciso apresentar todos os investimentos, receitas, custos e despesas ao longo da exploração comercial do produto, garantindo que haja sustentabilidade financeira.

Caso seu projeto envolva o desenvolvimento local de uma tecnologia existente no exterior, é importante ter cautela para não basear a argumentação apenas na redução de preços decorrente da produção nacional.

Empresas estrangeiras podem reduzir preços devido à concorrência ou até mesmo praticar dumping, o que pode afetar a atratividade comercial do projeto. O PIPE da FAPESP busca algo superior ao que já existe no mercado.

Portanto, na fase II e III do programa, o plano de negócios desempenha um papel crucial na comprovação do potencial comercial da tecnologia. É essencial destacar elementos como a análise SWOT, a comparação com tecnologias similares e a viabilidade financeira do projeto.

Ao elaborar o plano, certifique-se de abordar esses aspectos de forma clara e fundamentada, com o objetivo de demonstrar o valor e a inovação que sua tecnologia trará ao mercado.

Passo 6: estruture o planejamento financeiro

No momento de determinar o orçamento, é essencial indicar de forma clara como o recurso financeiro será utilizado. É importante observar que o programa PIPE da FAPESP financia apenas alguns itens específicos, tais como material de consumo, material permanente, serviços de consultoria especializada e bolsas.

É importante ressaltar que o PIPE da FAPESP nas fases I e II não oferece financiamento para salários de qualquer natureza, o que pode representar um desafio para empresas que desejam financiar sua equipe de P&D existente.

Além disso, é necessário justificar a necessidade de serviços de terceiros, equipamentos e outros recursos, apresentando três orçamentos ou cotações para cada item. É fundamental garantir que os orçamentos sejam estritamente idênticos.

Naturalmente, a opção de menor custo deve ser selecionada. É importante também ter atenção ao valor total dos itens orçados, para evitar ultrapassar os limites do programa e correr o risco de eliminação do projeto.

Portanto, ao submeter seu projeto ao PIPE da FAPESP, é fundamental esclarecer os itens que podem ser financiados, como material de consumo, serviços de consultoria e bolsas. Também é necessário destacar a importância de apresentar três orçamentos idênticos para justificar os gastos. Ao seguir essas diretrizes, você estará garantindo que seu projeto esteja em conformidade com os critérios do programa e aumentando suas chances de obter o financiamento necessário.

Passo 07: separe os documentos auxiliares

Além dos documentos mencionados anteriormente, o PIPE da FAPESP requer alguns documentos auxiliares, tais como o formulário do projeto e da equipe, um resumo em inglês, além da justificativa de orçamento, entre outros.

É fundamental não se perder durante a elaboração de todo o material necessário para o PIPE da FAPESP, pois, em programas desse tipo, um pequeno equívoco, como esquecer de incluir o contrato social da empresa, pode resultar na eliminação sumária do projeto.

Um projeto bem redigido e estruturado tem uma alta probabilidade de ser aprovado, uma vez que neste programa existem recursos disponíveis e uma carência de bons projetos.

Portanto, ao preparar sua solicitação para o PIPE da FAPESP, é crucial estar atento aos documentos auxiliares exigidos, como o formulário do projeto, e garantir que eles sejam elaborados com cuidado. É importante evitar erros que possam comprometer a avaliação do projeto.

Lembre-se de incluir todas as informações necessárias e estar em conformidade com as diretrizes estabelecidas.

Ao seguir essas orientações e elaborar um bom projeto, com uma redação clara e uma estrutura sólida, suas chances de aprovação serão bastante promissoras. Certifique-se de que todos os documentos estejam completos e em conformidade com as exigências, evitando qualquer possibilidade de eliminação sumária.

Caso queira dar uma olhada por si só, as normas para submissão de propostas estão disponíveis em: fapesp.br/pipe/normas.

Caso queira mais informações, dicas, ou orientação de como aprovar o seu projeto, não hesite em nos contatar ou ler mais sobre o PIPE da FAPESP em nosso blog!

Tags :

FAPESP, FAPESP PIPE, Fundo perdido, Fundo Perdido do Governo Federal

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